Você já pensou em se desconectar do celular por duas semanas? Saiba que um novo estudo da Universidade da Colúmbia Britânica revela que bloquear o acesso à internet móvel do celular por duas semanas pode melhorar significativamente a atenção, a saúde mental e o bem-estar — com efeitos comparáveis ao rejuvenescimento cerebral de até 10 anos.

O que há de novo:

O estudo, publicado na revista PNAS Nexus e financiado pela Silicon Valley Community Foundation, contou com 400 participantes dos Estados Unidos e Canadá, com idade média de 32 anos. Primeiramente, eles aceitaram bloquear o acesso à internet móvel dos seus smartphones durante duas semanas, mantendo chamadas e mensagens habilitadas.

Como resultado de se desconectar do celular:

• 91% dos participantes apresentaram melhora em pelo menos um dos indicadores avaliados: atenção sustentada, saúde mental ou bem-estar subjetivo.
• A melhora na atenção sustentada foi comparável ao desempenho de pessoas até 10 anos mais jovens.
• O bem-estar subjetivo superou até os efeitos observados com o uso de antidepressivos, segundo os autores.

Como funciona:

A saber, os participantes instalaram um aplicativo que bloqueou completamente o acesso à internet móvel (incluindo Wi-Fi e dados). A adesão foi monitorada objetivamente. Mesmo entre os que não seguiram 100% da intervenção, houve avanços significativos.

O que explica a mudança:

Sem acesso constante à internet, consequentemente, os participantes passaram mais tempo:

• Socializando pessoalmente
• Praticando atividades físicas
• Conectados à natureza

Logo, essas mudanças de hábitos foram determinantes para as melhorias cognitivas e emocionais observadas.

Entrelinhas:

O experimento responde, com evidências causais, a uma pergunta que inquieta especialistas há anos: a hiperconectividade digital pode estar minando nossa saúde mental? Segundo os autores, sim.

O que dizem os pesquisadores:

“Reduzir o acesso constante à internet pode trazer efeitos comparáveis a intervenções clínicas em saúde mental. Mesmo ações simples, como limitar o uso em horários específicos, podem gerar benefícios significativos.”

Para os cientistas, a exposição constante a notificações, redes sociais e vídeos curtos ativa o sistema de recompensa do cérebro de forma artificial, gerando ansiedade, distração e dependência digital.

“O uso excessivo de smartphones compromete a neuroplasticidade e eleva os níveis de cortisol”, diz a neurocientista Lisbeth Nielsen, coautora do estudo.

Você também pode se desconectar: faça o Jejum de Daniel

O Jejum de Daniel é um período de 21 dias de abstinência de tudo o que dispersa a mente — redes sociais, entretenimento digital, músicas seculares e notícias negativas. Em vez disso, a pessoa busca foco espiritual, meditação, oração e leitura edificante.

O nome vem da Bíblia, em que o profeta Daniel se abstém de alimentos e distrações para se conectar mais profundamente com Deus.

Hoje, o jejum também é adotado por pessoas em busca de foco, clareza mental e equilíbrio emocional.

Depoimento real:

A publicitária Elisângela Lacerda, de 40 anos, conta que participou do Jejum de Daniel e passou a se desconectar do celular fora do horário de trabalho:

“Nos primeiros dias senti abstinência. Logo depois, fiquei nervosa, agitada. Era como se estivesse perdendo algo. Mas depois de uma semana, meu sono melhorou, fiquei mais leve, produtiva e calma. Nesse meio tempo, parecia que minha mente finalmente tinha espaço para respirar.”

“Nunca pensei que desligar o celular poderia me fazer tão bem. Foi como tirar um peso invisível da cabeça. De tal forma que nunca mais usei o celular como antes.”

Confira o depoimento dela:

Em síntese:

O estudo canadense, aliado a práticas espirituais como o Jejum de Daniel, aponta para um caminho claro: desconectar pode ser a chave para uma mente mais jovem, saudável e centrada. Em tempos de hiperconexão, o verdadeiro poder pode estar no botão desligar.

Clique aqui e saiba como participar do Jejum de Daniel.