O livro de Provérbios é riquíssimo em sabedoria. E seria bom se você ainda não o leu, passar a lê-lo (ainda que seja um versículo a cada manhã). Se você já o leu, é bom voltar a ele.

“Honroso é para o homem desviar-se de questões, mas todo tolo é intrometido” (Provérbios 20:3).

O rei Salomão sabia do que estava falando. Primeiramente, “desviar-se de questões” é como no futebol. Há uma expressão chamada “bola dividida”, que é quando dois jogadores de times opostos correm até a bola e a chutam ao mesmo tempo, sai na vantagem quem ganha a “dividida”. Então, quando a rivalidade é muito grande, o jogador vai com toda a força sem se importar se vai quebrar o pé do outro. A “bola dividida” é uma jogada perigosa no futebol, por isso ela é evitada. Em fração de segundos, o jogador tem que decidir se ele vai entrar naquilo ou não. Ele pensa: “vale muito mais o meu pé do que essa jogada”.

E há questões na vida que são como a “bola dividida”. “O que vale mais: ganhar esta questão ou ter paz?” Mas tem gente que faz questão de tudo, das menores coisas. Se a criança não fechou o tubo da pasta de dente, a mãe dá duro na criança. E há muitos exemplos.

Essas pessoas são difíceis de se conviver. Elas são inconvenientes. E, normalmente, elas não têm muitas amizades, porque os outros as evitam. Elas fazem questão de muitas coisas que não importam.

Você tem que colocar na balança a “bola dividida” de um lado e do outro as coisas que valem muito mais (a saúde, a paz, o emprego, o casamento, etc.). O sábio faz este cálculo em fração de segundos na cabeça.

Às vezes, você quer provar que está certo só para agradar o seu ego. Mas se manter focado no que importa é fruto da sabedoria. O sábio não se envolve com conversas fiadas e coisas fúteis e inúteis.

A segunda parte do provérbio também é interessante. O tolo acha que tem de se envolver em tudo. Ele liga para alguém: “eu soube disso, então me conta”. O tolo entra onde não deveria. Nas poucas vezes que ele extrai algo do seu jeito intrometido de ser, a resposta é muito mais negativa do que qualquer vantagem. Começando pela reputação que o tolo tem de ser intrometido. Quem gosta de um intrometido? Quem diz: “eu quero me apaixonar por um intrometido?” Mas o tolo tem até orgulho de ser assim.

A esperança da minha mensagem é que os “candidatos a tolos” venham despertar e dizer: “eu prefiro ser honroso do que ser tolo”. Ao longo do tempo, a sua reputação vale mais do que o seu emprego, saldo bancário ou bens. O seu bom nome vale mais do que tudo isso.

Pense a respeito e assista ao vídeo acima.