Uma das piores coisas que pode acontecer é você se tornar uma pessoa amarga. É deixar que a amargura da alma tome conta do seu ser. E só quem já conviveu com uma pessoa amarga sabe como é. A pessoa amarga amaldiçoa a si mesma. Ela se torna a sua pior inimiga. É como se o próprio Deus estivesse contra ela. E nós vemos na Bíblia a história de uma mulher que viveu isso: Noemi. Por sinal, o nome “Noemi” significa “algo agradável ou doce”. Mas Noemi se tornou amarga.

Noemi era sogra de Rute. Ela era uma mulher israelita e saiu das terras de Israel fugindo da fome, com o marido e os dois filhos. Eles se instalaram na terra de Moabe. Passou o tempo e morreu o marido de Noemi, um filho e depois outro filho. Só lhe restaram as suas duas noras, Rute e Orfa. Então, Noemi se despediu das noras. Mas Rute decidiu voltar com ela para Israel. A cidade inteira de Belém se comoveu por causa da história delas. Aquela perda se tornou a descrição de Noemi.

Só que Noemi não se ajudou. Ela falava para as pessoas: “Não me chameis Noemi; chamai-me Mara; porque grande amargura me tem dado o Todo-Poderoso” (Rute 1:20). Quer dizer, ela culpava Deus pelo que havia acontecido com ela.

“Cheia parti, porém vazia o Senhor me fez tornar; por que pois me chamareis Noemi? O Senhor testifica contra mim, e o Todo-Poderoso me tem feito mal” (Rute 1:21)

De mulher doce e agradável, ela mesma mudou o próprio nome para “Mara”, que significa “amarga”. “Eu quero que vocês me chamem de ‘amarga’. Eu sou uma pessoa amarga, porque Deus Se voltou contra mim”. E, assim, Noemi carregou aquela amargura por um bom tempo em sua vida. Ela não entendeu o propósito de Deus, porque lá na frente Deus fez com que Noemi tivesse um neto que se tornou o avô do rei Davi.

Ou seja, se ela não tivesse voltado para Israel, a sua descendência não teria sido incluída na genealogia do Senhor Jesus, a linhagem messiânica. Então, tudo tinha um propósito. Há pessoas que não conseguem permanecer confiantes entre a perda que sofreram e o propósito. Muita gente só tem fé para ganhar. Fé para receber bênçãos financeiras, casar, ter filhos, construir casa, para ir para a faculdade, para abrir a empresa e ganhar dinheiro. Mas elas não têm fé para perder. Se começam a perder alguma coisa, logo se tornam amargas, difíceis de conviver e vomitam essa amargura para todas as pessoas ao redor (que é o pior de tudo).

“Deus não me ouve. O que eu fiz? Qual foi o meu pecado? Eu faço a minha oração, os meus votos, eu dou os meus dízimos e ofertas. Mas Deus não me ouve”.

Você já parou para pensar que o silêncio de Deus tem muito a ver com a sua tagarelice, com as baboseiras que você fala? Como se não fosse suficiente você ficar cheio de amargura, você fica transmitindo essa amargura para outras pessoas? Talvez, se você fechasse a boca e parasse de se amaldiçoar, de reclamar de Deus… Ao menos, você poderia falar com Deus: “Meu Deus, eu não consigo entender. Ajuda-me a crer, a confiar até que o Seu propósito com isso tudo seja cumprido em mim”. Quem sabe você não seria tão amargo ou amarga?

Vamos aprender com a história de Noemi. Às vezes, a pessoa perde uma vida inteira porque ela não confia na soberana vontade de Deus. Ela acha que Deus está errando, que a vida dela está do jeito que está porque Deus errou de alguma forma.

Você tem que confiar que, de alguma forma (mesmo sem entender agora), o que Deus tem preparado para você é o melhor.

Se você aprender essa lição, você não será mais a “Mara”, você vai recuperar a sua doçura.

Medite nisso. Confira a mensagem completa no vídeo acima.