“Não gosto de quem eu me tornei”. Talvez, essa afirmação se encaixe com o que você sente ao seu próprio respeito.

Quando você olha para sua vida, você percebe que começou com muitas aspirações para o seu futuro. Você gostaria que neste ponto da sua vida você estivesse em outro patamar, de outra forma. Talvez, com a sua família já formada, com a sua vida financeira estabelecida, com uma paz dentro de você. E, ao contrário de tudo isso, o que você tem hoje (não só no exterior, mas também no interior) está muito longe daquilo que você esperava. Você não conseguiu formar a família que você gostaria, você tem vivido dia após dia trabalhando para sobreviver, dependendo, talvez, de milagres diários para comer o seu pão de cada dia. Você não tem paz dentro de si e o que mais te fere é que quando você olha para dentro de si, quando você se olha no espelho, você se pergunta: “em quem eu me tornei? Quem é essa pessoa?” Você não se reconhece, você não gosta do que vê.

É como aquela pessoa que pegou um caminho errado na estrada e só foi perceber depois que já estava bem longe.

Eu conheço uma pessoa que, logo quando aqueles aparelhos de GPS saíram, programou o GPS para ir a uma viagem. E colocou o nome da cidade. Só que era uma cidade que tinha também o mesmo nome em outro estado. Ela foi seguindo o GPS. Quando ela foi ver, ela estava em outro estado. Ela teve que voltar centenas de quilômetros, porque havia confiado no GPS. Então, assim, muitas pessoas seguiram suas vidas confiando no “GPS” interno que elas têm, que é totalmente quebrado e falho, chamado “coração”. Elas foram seguindo o coração, o “GPS” que o mundo aconselha: “siga o seu coração”. Você já ouviu isso antes? Já ouviu isso em alguma música, em algum filme, novela ou série? “Siga o que que você sente, o que seu coração te diz”. Então, a pessoa foi seguindo o “GPS” enganador e chegou aonde não queria.

Porém, muitos pensam assim: “como é que eu vou voltar? Eu já estou tão longe de onde eu deveria estar? Talvez, eu fique por aqui mesmo”.

E você vê muita gente por aí que empina o nariz. A pessoa bate no peito e fala: “eu sou assim mesmo. Eu não me arrependo de nada”. Elas não dão o braço a torcer. O orgulho é maior. É como aquele marido perdido dentro do carro que não quer pedir informação porque o orgulho não deixa.

Muitas pessoas estão, realmente, tão longe daquilo que elas gostariam de ser. Mas o orgulho não as deixa mudar de direção.  Então, infelizmente, elas vão ter que se acostumar com essa pessoa que elas abominam, que elas detestam.

Mas há um outro caminho…

Quando nós pensamos em exemplos na Bíblia, nós logo nos lembramos do rei Davi.

Ele foi um homem segundo o coração de Deus. Ele era uma pessoa admirável, até que, de repente, ele sucumbiu ao desejo do seu coração e, contemplando a mulher do seu soldado, da varanda do seu palácio, não resistiu à tentação. Ele mandou chamar a mulher e consumou o seu pecado.

No Salmo 32, ele fala o que aconteceu com ele mesmo enquanto permaneceu com aquilo.

Ele começa dizendo: “Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa maldade, e em cujo espírito não há engano” (Salmos 32:1-2). Quer dizer, ele se lembrava do tempo em que ele tinha paz.

“Quando eu guardei silêncio, envelheceram os meus ossos pelo meu bramido em todo o dia. Porque de dia e de noite a Tua mão pesava sobre mim; o meu humor se tornou em sequidão de estio” (Salmos 32:3,4).

Ele sentia-se mais velho do que era. Ele sentia-se doente, literalmente. Ele se abominava. Ele tinha sentimento de culpa. “O que fiz da minha vida? Quem eu me tornei? Eu não me reconheço”.

Mas Davi fala da solução: “Confessei-Te o meu pecado, e a minha maldade não encobri. Dizia eu: Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e Tu perdoaste a maldade do meu pecado” (Salmos 32:5). Davi tirou a máscara. Ele, então, recebeu o perdão, teve paz. Ele enfrentou as consequências dos seus erros, mas teve paz. 

Quem sabe as suas muitas dores, esse desgosto que você sente seja porque você ainda não se arrependeu, não fez as pazes com Deus, com as outras pessoas e, principalmente, com você mesmo?

Então, siga a receita do Salmo 32. Deus vai te perdoar e te dar a oportunidade de reconstruir a sua vida. Aproveite essa oportunidade. Não permaneça orgulhoso. Faça as pazes com Deus, com você e com as pessoas.

Pense a respeito meditando na mensagem do vídeo acima.