Por que perdemos o poder de pedir?
Como vimos na semana passada, todos nós já nascemos com o poder de pedir. Apenas alguns segundos depois de nascermos, já começamos a chorar, queixando-nos da queda drástica de temperatura ao sairmos do ventre de nossa mãe para o quarto de hospital bem mais frio… E se por acaso demoramos a chorar, o médico teve que dar uma palmadinha para nos fazer chorar, porque isso significava que tudo estava bem conosco.
Mas essa é praticamente a única vez na vida que alguém nos encoraja a chorar. Daí pra frente é como se houvesse uma conspiração para tentar nos manter quietos.
“Por que este bebê está chorando? Onde está a chupeta, pelo amor de Deus?”
Daí pra frente só piora. E não é apenas nossos pais, não — é a escola, é a religião (especialmente a religião), são as normas sociais, a cultura… Pensa só. Quando chegamos aos 10 anos de idade, você tem ideia de quantas vezes ouvimos a palavra “não”? É não, não pode, não entre lá, não fique aí, isso não é para você, agora não, não faça isso, fica quieto (ou o menos delicado cala a boca), sai daí que aí não é teu lugar…
Agora, compare quantas vezes nos é dito “não” em todas as suas variações, com quantas vezes nos é dito o “sim”. A verdade é que ouvimos “não” tantas vezes mais do que “sim” que passamos a esperar o “não”. E o que acontece quando começamos a esperar um “não”? Exatamente. Nós paramos de pedir!
É por isso que quando chegamos à adolescência ou idade jovem/adulta, quase todos nós já perdemos, ou deixamos de utilizar, o poder de pedir.
A pergunta é: Há alguma esperança? Existe alguma coisa que podemos fazer para ressuscitar o poder de pedir dentro de nós? A boa notícia é que, e vamos explorar mais isso nos próximos dias. Mas antes terminar hoje, eu gostaria que você soubesse disso:
Pedir é o começo de receber.
As pessoas bem sucedidas normalmente são melhores pedintes. Eles pedem mais da vida, e assim alcançam mais.
Se você não corre atrás do que quer, você nunca vai ter. Se você não pede, a resposta é sempre não. Se você não dá um passo à frente, você vai ficar sempre no mesmo lugar.