Tenho uma ideia, o que você acha?
“Tenho uma ideia, o que você acha?”
Essas são as últimas palavras que muitas ideias boas ouvem antes de morrer.
É claro que é bom e confortante receber o apoio de alguém. Um feedback positivo, uma confirmação, um incentivo a ir em frente. Quem não gosta?
Porém, às vezes você recebe o contrário. Palavras de dúvida, comentários irônicos, olhares que dizem “Fala sério!” Então você hesita. Até concorda. Acaba se achando ridículo.
E a ideia vai para o caixão.
Eu já estive dos dois lados. Ao buscar confirmação para minhas ideias, já recebi apoio e também risos. Só Deus sabe quantas delas, que hoje jazem a sete palmos abaixo da terra, teriam sido grandes sucessos.
Há uma alternativa. Algumas de minhas melhores ideias, que resultaram em grande sucesso, foram aquelas que implementei independente da opinião de outros. Há certas ocasiões que você tem uma convicção tão grande, uma fé tão forte, que ainda que alguém diga: “Nah, não vai dar certo” — você não se importa.
Especialmente quando:
- Você sabe o que está falando. Não é uma ideia que veio do nada, sem nenhuma base. Você tem conhecimentos, informações, que lhe dão razão para crer.
- Você está comprometido a lutar e fazer a ideia funcionar. Nunca subestime o poder de uma pessoa determinada a vencer.
- Você está disposto a dedicar o tempo necessário para a ideia decolar; está consciente que pode demorar.
- Você não está preocupado com a possibilidade do fracasso e de parecer ridículo diante dos outros. Você valoriza muito mais a coragem de ter tentado e as lições aprendidas do que a segurança de nunca falhar por nunca tentar.
Não estou advogando o nunca trocar ideias ou testar suas intuições. Achar que sabe tudo também pode resultar na morte da ideia — por suicídio.
Porém, desenvolva a sensibilidade de perceber quando a ideia tem vida própria. Deixe-a voar. Experimente. Se fracassar, lições aprendidas — o que é bom também.
O ruim é ser coveiro de ideias.